segunda-feira, janeiro 31, 2005

"A biblioteca é um silêncio cheio de vozes que se libertam e nos envolvem sempre que abrimos as páginas de um livro."

sexta-feira, janeiro 28, 2005

"Penso em ti, sonho contigo, invoco-te quando mais preciso de ti. É tudo o que posso fazer, mas para mim não é o suficiente. Nunca será o suficiente, eu sei isso, mas que mais me resta fazer? Se aqui estivesses, dir-me-ias, mas até isso me roubaram. Tu sabias sempre as palavras certas para apaziguar a dor que sentia. Tu sempre soubeste como fazer para que eu me sentisse bem por dentro.
É possível que saibas como eu me sinto sem ti? Quando sonho, gosto de pensar que sim. Antes de nos termos encontrado, atravessava a vida sentido, sem razão. Sei que, de alguma maneira, todos os passos que dei desde o momento em que comecei a andar eram passos dirigidos ao teu encontro. Estávamos destinados a encontrarmo-nos.
Mas agora, sozinho na minha casa, comecei a perceber que o destino pode magoar uma pessoa tanto quanto a pode abençoar, e dou por mim a perguntar-me porque razão - de todas as pessoas do mundo inteiro que alguma vez poderia ter amado - tinha de me apaixonar por alguém que foi levada para longe." Nicholas Sparks, em "A Palavras Que Nunca Te Direi"

"Ficamos sentados em silêncio a observar o mundo à nossa volta. Levou-nos uma vida a aprender isto. Parece que os velhos são capazes de ficar sentados um ao lado do outro sem dizerem nada e ainda assim satisfeitos. Os jovens, activos e impacientes, têm sempre sempre que quebrar o silêncio. É um desperdício, porque o silêncio é puro. O silêncio é sagrado. Une as pessoas porque só os que se dão bem uns com os outros se podem sentar juntos sem falar. É este o paradoxo." Nicholas Sparks, em "O Diário da Nossa Paixão"

sexta-feira, janeiro 21, 2005

"A Estrela em que Caminhas
Gosto de te ouvir quando estou triste. Fazes-me rir. Iluminas-me os parêntisis das bochechas com duas ou três piadas sacadas do bolso e faço de conta que o tempo é aqui e a vida é aqui e nada mais existe senão nós os dois sentados numa esplanada na praia a autoconvencermo-nos de que ainda somos importantes um para o outro.
Oiço-te estralejar os dentes a imitares políticos corruptos, apresentadores, apresentadores de televisão e jogadores de futebol a falarem na terceira pessoa, e esqueço-me dos turistas encarneirados berrando à nossa volta, apreciadores de vinho tinto e receitas de bacalhau, clamando por imperiais sem espuma à medida que vislumbram as coxas bronzeadas das nativas debaixo de piropos ordinários em idiomas que não percebo.
Percebes se estou triste. Não me fazes perguntas, mas percebes se estou triste. Dizes então, essa cara é o quê, eu encolho os ombros e tu ris-te sozinho, e sabes perfeitamente o efeito que os sorrisos têm em mim, como se me conhecesses o valor dos dentes, das gengivas, do recorte dos lábios, do baton para o cieiro que puxo amiúde da mala a tentar disfarçar o embaraço quando te pões com a conversa usual acerca do que poderia ter acontecido connosco se eu não tivesse conhecido o Vasco naquela noite em casa da Lena(...)" Não conheço a autoria.